segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Arpoador

A luz dos holofotes iluminava as silhuetas.
A noite era escura e estrelada, o mar, levemente agitado, batia nas pedras elaborando uma sinfonia de mistério, de um futuro inteiro ainda por vir.
Os olhos entrelaçavam-se em olhares quentes e meramente calculados. Ele a envolveu em um abraço terno, mesmo que não intencional, e apontou para a tempestade ao fundo.
Ela guardava em seus pensamentos escritos, poemas irregulares, palavras fortes, versos cortantes. Estava por vir ou por ir os raios e trovoadas?
Ele sorriu, olhou-a nos olhos e sem soltar ao menos uma palavra, selou um beijo respondendo os questionamentos inseguros da menina:
- A tempestade foi-se, já era tempo.

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