sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tapa na cara

"Ah, mas isso é o que todos eles dizem!"
Sabe, eu não ligo para o que muitas pessoas falam, porém existe um seleto grupo de amigo que eu realmente ouço e tomo a maioria do que dizem como verdade.
É, sim, fingir uma pessoa que eu não sou. Quando eu estou num relacionamento me entrego, caio de cabeça, não meço meus limites. Por não medir limites, por amar livremente, às vezes me perco num labirinto de idéias de um alguém que nem eu mesma reconheço.
É real. Como eu vou explicar aos nossos filhos, aqueles que você tanto insiste que tenhamos, que papai não veio pra casa hoje porque está dormindo com outra. Não, o pior é para eles, que podem tomar isso como verdade e machucar esposas e maridos, que talvez não tenham tanta cabeça (?), paciência ou ilusão para entender tal fato.
Quando você diz que é um absurdo eu duvidar do seu amor, que eu deveria prestar a atenção nos atos. Coitado! Só piora a situação...
Várias vezes, nessa noite mesmo, eu me peguei pensando na possibilidade de ser o inverso. Será que você não teria náuseas e calafrios ao me ver nos braços de outro?
Se sua resposta for "não", reveja seus conceitos e arrume suas malas.
Eu posso não ser tão "rock 'n roll" como quando começamos. E a questão é: o que nós somos? Será que os sólos de guitarra são o que somos ou o que queremos que os outros achem que somos?
E não venha me dizer que isso não faz diferença, por que isso, mais do que nunca, tem nos gerado complicações.
Eu continuo não aguentando hipocrisias, achando que as pessoas de hoje em dia não sabem o que é um relacionamento de verdade e não dando a mínima para o que os outros falam. Mas o respeito, meu querido, o respeito sempre cairá em cima de tudo isso.
Não foi só o meu ciúme, foi a humilhação. Meus conhecidos (primeiro meus, depois nossos) me olhando com pena, perguntando o que eu ia fazer. Eu não me passei por liberal, cabeça-boa. Eu me passei por trouxa, submissa, idiota.
Isso eu não admito.
Eu podeira ter feito um escândalo, mas não sou assim. Eu poderia ter te dado um tapa na cara, mas prefiro dá-lo desse jeito. Eu podeira ter dado o troco, mas não tenho dezoito anos. Finalmente, eu poderia não ter feito nada, e o fiz.
Querido, não pretendo mudá-lo, porque quem ama, aceita. Mas antes preciso saber, não quem você é, pois isso pra mim já é óbvio, mas quem você quer ser.

E por hoje chega...

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