Fui condenada a provar do meu próprio veneno
Olho para baixo, vejo pedras em agulhas
Olho para trás, a tempestade negra
Olho para cima, não tenho asas
Talvez o choro desses violino sofrido
Me doa mais porque choro mais alto
Até dor alheia me corrompe
Não quero você, solo maldito
Me faltam forças até mesmo para me jogar
E não sei se é mais fácil
Deixar a enxurrada me levar
Ficar parada diante do caos
Esperando fazer parte dele
Recuso as mãos que me estendem
Trilho o caminho da minha amargura
Sinto o cheiro da chuva
Sento e aplaudo a minha queda
No fim estamos sós, para sempre sós.
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