Deve ter algum motivo, algo muito forte, que não faz com que eu te esqueça.
Não deve ser mais o seu olhar, não deve ser mais o jeito que você cuidou e falava comigo. Deve ser algo que eu ainda não subtraí, que ficou entranhado no nosso amor entrelinhas, talvez seja.
Não ouço mais a sua voz, não te vejo, mas como ficou intacto todo aquele calor, aquela necessidade de te ter a cada segundo, o sorriso que me vem assim que um ar qualquer faz lembrar você.
Não existe explicação desse rompimento de algo que parecia tão certo, predestinado. Um dia você sumiu, e fico buscando o porquê.
Então hoje, reli suas últimas cartas, tentando achar a palavra que te colocou para um outro caminho, a vírgula que me dissesse que tudo aquilo que você me falava não era amor, nunca foi.
Seria fantasia minha? Seriam aquelas juras, aquelas palavras, todas em vão, todas querendo dizer algo menos do que eu sentia?
Foi o fim, mesmo que não concretizado, o fim do nosso amor. Repentino, esfaquiado, brutal.
Pois em mim vive, remói. Em você virou cinzas, reduziu a pó?
Já faz tempo, mas ainda não o suficiente.
sábado, 24 de julho de 2010
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