sexta-feira, 13 de maio de 2011

Resposta

Eu prefiro não cantar, não arriscar a melodia errada, a composição exagerada. Eu assovio minhas idéias para não parecerem tão diretas, e não seria eu se não o fizesse.
Suas notas me confundem, seu tom me enloquece. Que medo de ouvir errado!
Talvez seja essa tua presença, o fogo que acendeu em mim. Minhas pernas que tremeram, meu ar foi que embora. Te culpo, felizmente.
E quando você surge, em mente ou matéria, que vontade de consumir teus lábios, arranhar tuas costas, respirar no teu ouvido, matar o meu desejo. Não há intruso que me assombre ou sanidade que me possua. É só você.
Uma pena não ter tantas metáforas inventadas para descrever aquela noite, já que toda vez que releio teu conto abano a cabeça, aperto os olhos e penso o quanto te queria aqui, agora, ao meu lado.
Que se explodam minhas ideologias, se você as contrariar. Que se deteoriore minha liberdade, se me escravizar no teu corpo. Eu não ligo nem nego minhas vontades.
Ah, e ainda por dizer, te virá a ilusão se não se sentir desafiado quando me pede e respondo: não cantarei longe.

2 comentários:

  1. Belo texto srta Giovanna.
    O que fica guardado em nossa mente, idéias, pensar, justificar, só quer se transmudar em atos, de sentimento e desejo.


    párabens

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