domingo, 1 de novembro de 2009

Confissão de domingo

Procurei nele os olhos teus. Não hesitei, nem ao menos feliz estive com isso, somente te procurei.
Após o beijo não senti sua boca, nem ao menos seu cheiro. Desabei então. Desabei em tontura, em enjoô e desmaio. Não era a bebida, aquela que ainda tentava conter minha explosão, era a realidade e a mentira que eu contava para mim mesma, dia após dia (e talvez para você quando omito, em insegurança).
Cheguei ao beco sem saída.
Passei a noite pensando nisso. Acho que minha cabeça nunca pesou tanto afinal, eu seria a última pessoa a me enganar, penso. Era o que minha moral dizia, mas acho que nem essa ao menos existe mais. Quando se ama não existem razões lógicas, pensamentos lógicos, é tudo passivo, emocional e tira do controle até aquela que, no seu inconsciente, jurou de pés juntos depois de uma decepção que nunca mais deixaria que o seu coração a guiasse.
Impressionante o poder que algo que começou assim, do nada, sem sentido, tem sobre todos os meus atos e me assombra. Impressionante! Basicamente um espectáculo da manipulação involuntária, mesmo que, quase sempre, esteja o titireiro ausente. Como me faz agonizar, te querer por inteiro!
Ah! Loucura... tão sem nexo e pessoal quanto as minhas palavras.

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