sábado, 26 de dezembro de 2009

Ela sentou-se à mesa e a garrafa a escolheu.
"Clarice, do que você tem mais medo?"
"De três palavras."

domingo, 20 de dezembro de 2009

(?) e filhos

Se eles tivessem me ouvido,
me preferido ao jornal de domingo
Se eles tivessem enxergado
não tivessem cobrado, punindo
Se eles tivessem me abraçado
não tivessem deixado de lado, grunindo
Se eles tivessem me respeitado,
me olhando, me ouvindo
Se eles tivessem me amado,

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Fim do Moinho

No horizonte avistava a já distante tristeza, aquela que antes a consumia, tirava seus sonhos, depremia suas noites. Se antes culpava o azar, agora culpa somente a si por não ter reerguido a cabeça tão antes.
"A vida é mesmo um desafio, e será triste se ,e somente se, quisermos."
Até que estava certa a doutora que a ouvia, preenchia pranchetas, tentava desbravar o mundo das fraquezas de uma menina que construiu seus escudos.
Olhou para o espelho então e, colocando o cabelo que escondia-a por de trás das orelhas, se enxergou e sorriu. Não era mais material, não era mais atingível, era alma e sonho, esperança e desejo.
Deu adeus então a menina de porcelana, fez-se mulher de aço e com o sorriso mais brilhante.
Despediu-se de vez o monstro, despediu-se de vez a Terça-feira.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ando muito embaralhada...