quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Fim do Moinho

No horizonte avistava a já distante tristeza, aquela que antes a consumia, tirava seus sonhos, depremia suas noites. Se antes culpava o azar, agora culpa somente a si por não ter reerguido a cabeça tão antes.
"A vida é mesmo um desafio, e será triste se ,e somente se, quisermos."
Até que estava certa a doutora que a ouvia, preenchia pranchetas, tentava desbravar o mundo das fraquezas de uma menina que construiu seus escudos.
Olhou para o espelho então e, colocando o cabelo que escondia-a por de trás das orelhas, se enxergou e sorriu. Não era mais material, não era mais atingível, era alma e sonho, esperança e desejo.
Deu adeus então a menina de porcelana, fez-se mulher de aço e com o sorriso mais brilhante.
Despediu-se de vez o monstro, despediu-se de vez a Terça-feira.

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