sexta-feira, 9 de setembro de 2011

F= Gm1m2/r²

Eu não sei mais lidar.
Qualquer frustração me vem como o fim, como a última gota de algo que já transborda em corrente, uma catarata dos meus pequenos infernos.
Os risos que espalho nem ao menos encobrem como antes. Ninguém notava o que é público. 
Minha máscara, minha paciência e a minha esperança caindo newtoniamente no mesmo instante, por uma força maior, pela gravidade do meu passado.
Livro os pesos das minhas costas engolindo o que nunca vou digerir e cuspindo o que era doce. Nada mais me importa se não a leveza que almejo e o preço que vou pagar pela minha busca.
Só esqueço que a força que provoca a minha queda me destruirá no mesmo tempo que me destruiria com grilhões encrustados. Menos impacto, mas com dano irreparável.
Como fugir do certo? Como olhar o sol sem asas para buscá-lo?
Talvez seja por isso que procuro o seu adeus, para que, pelo menos, eu caia só.

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