quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Doce dezembro

Sonhar é muito bonito.
Todo poeta tem um sonho e dele se alimenta, aluscina, entristece, sublima. Não importam as situações, a vida à sua volta, sem um sonho, nada parece seguir um rumo.
Nisso, de tanto escrever sobre mimetizações, de tanto cansar a gramática com inversões sintáticas ou reais, paramos de notar o mundo.Viver de poesia seria um melodrama ideal, principalmente viver das frustradas, remoendo passados só para ter o gosto do sombrio.
Mas hoje descobri, que muito além da ficção, muito mais que as velhas histórias de Marina, Julieta e quem for, nada se sustenta, e nada nunca será perfeito sem o olhar para o lado.
Descobri, de uma vez por todas, agora e para sempre, que meu príncipe encantado pode ser bobo, não apreciar Doce Novembro e falar asneiras em quase todo o tempo mas, pelo menos, ele existe. E eu, sem antes saber talvez, o amo mais do que posso.

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