segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Confusa revanche

Meus passos perdidos, ligeiros, trilhando a rua escura do fim de expediente. Eu sou mais corajosa que você.
Deixo esses pensamentos, doentios de tão recalcados, aos poucos dominarem meus dias e embebedar meu sono. 
Pesadelos assombram a minha frieza. Não sou mais, tenho de ser, e não me controlo. Idealismo incessante que tem que ir embora. Agora.
(Pois) só quero teu toque, e qualquer afago será execrado. Só isso, nada mais.
Me conforto com um você imaginário, que criei para acalentar meu monstro, que preenche as entranhas do que me é tão subjetivo. Com ele permito, com ele sonho, com ele que brilha meu olhar sossegado.
E te deixo como rascunho de tudo que poderia ser mas não é, e não quer, e não pode. Rabiscos de uma pintura perfeita que só eu poderei apreciar, puro egoísmo do meu lado temido.
Eu quero, eu desejo, eu inspiro devaneios de filmes baratos que passam pela minha cabeça quando, não tão mais misteriosamente, sorrio e olho diretamente nos teus olhos. "Ah, se ao menos soubesse!".

Cuidado comigo, querido. Eu não bato muito bem. E nem você.


sábado, 6 de outubro de 2012

A fera