segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Respiração

Talvez, de tanto não querer
Virei aquilo que temia
Senti o que antes nem me tocava
A fúria de um ciúme que nos corrói
A carência do carinho que já tenho

Aqueles que já não me conhecem mais
Ou eu mesma que não me conheço no espelho
Querem de volta o coração de pedra da boemia
Aquecido na sua brasa
Mas ainda de pedra

Não sei do amanhã
Já não escrevo com facilidade
Inseguranças tiram meu chão
O olhar distorcido me divide
Até quando eu não sei.


domingo, 7 de agosto de 2011

Mais um personagem efêmero da minha trama

Chico, também não sei se agora estou fora de mim ou se é o estilo de uma grande dama. Faço psicologia, mas não fujo à regra.
Poderia passar tardes e noites citandos os corações que não me suportaram ou que não viam que eu era real, mesmo em beijo seco ( -sem intenção).
O problema é que não entendem que sou inconstante, mas não bipolar. Triste, deprimida, mas não suícida. Enjoo rápido das minhas paixões, jateio com gelo e sal tudo que me agrada.
Menos dele, é claro. Dele não enjooei, e por piedade jateio de pedras e agulhas.
Uma pena ter me resgatado de bote em meio à tempestade. Não ouviu os marinheiros experientes que o alertaram do perigo da aparente calmaria.

Todos cansam da tempestade. E no bote só cabe um.