segunda-feira, 28 de junho de 2010

Canto de Julia

O que você não faria por um bom amigo
Mesmo que ele não te quisesse
Nem como conhecida
Mesmo que ele te disesse
Que você não é uma boa amiga

Mudaria seu nome
Sua história
Seu destino
Só para, como um mero desconhecido
Continuar ao lado dele
Amparar as suas quedas
Curar suas chagas

O que você não faria, me diz
Que eu faço.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Regressão momentânea

Às vezes acho que você continua do meu lado.
É quase como se eu sentisse teu cheiro,como se eu sentisse teu olhar, seu abraço nesses meus desencontros com o chão, chão que um dia foi você. Sensação que me perturba, me desnorteia.
Junto à sua estranha presença inexistente, vem essa saudade que já doeu tanto, tanto, e hoje é só um calafrio que me atinge na lembrança do teu nome.
E hoje, tão de bem comigo estou, que às vezes te esqueço como pessoa. Logo eu que já te fiz de amor sem enxergar que minha amizade era tão maior que iludia.
Não voltaria no tempo, deixe as boas memórias como ficaram, deixe esse fim ser o nosso fim.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Tantos rascunhos guardados
Todos incompletos
Por quê?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Entrelinhas

Achava ser imortal até o dia que disseram que não. Estou muito assustada com o que pode acontecer, nunca esperaria que isso pudesse ser real, ainda mais comigo que sou tão nova.(...)
Não era daquelas que obteria lamentações ao túmulo por ser a mais caridosa, a mais bondosa. Queria ter pensado mais na possibilidade, queria poder realizar meus sonhos, queria casar, queria ter filhos, queria ter a certeza de ter encontrado o amor da minha vida.(...)
E, de tanto brincar com a morte, a morte decidiu brincar com ela. Não quero morrer, não quero.(...)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Em homenagem a um escritor

Ela voltou sem nada, voltou do nada.
Não queria brigar, não pediu para ter uma conversa sobre o que fora.
Voltou e eu rodava embriagado, sem pretenções, acho.
Sentou ao meu lado e suspeitei. Tanta calma.
E agora sou eu quem quer falar de passado, ou será que nunca foi?

A volta que não nego

Me perdoe, amor
Pois me mascarei
Para fazer-te crente
Da força que não tinha
Do amor que eu acredito
Na verdade, e sempre

Pois hoje me vê
Sem palavras ensaiadas
Sem a seguridade de um gladiador
Sem a indiferença de um estranho...

... Provida de um amor que nunca neguei.

domingo, 6 de junho de 2010

Melhor mil palavras em um vazio do que um vazio em mil palavras.
Parei,